"Pelo conforto espiritual das Escrituras tenhamos firme esperança" (Rm 15,4)

Lectio Divina: parte IV

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Alguns pré-requisitos para a Lectio Divina

A experiência desse movimento não é uma progressão programada ou automática do tipo 1-2-3-4. A partir do primeiro passo, entramos num “fluxo” que segue uma direção interior, e seu curso será único em cada momento de oração.

Não podemos pressupor a graça, porém, e passar o tempo à toa em vaga expectativa, muito menos tentar manipulá-la por alguma técnica ou fórmula. A oração é sempre um dom. A Lectio é uma tentativa não de fabricá-la, mas de nos permitir responder ao dom desde seu primeiro convite, e de nos dispor para seu desenvolvimento.

A oração jamais pode ser dissociada de nossa vida diária, que é a arena para a conversão contínua. Será por meio de nossas experiências e relações cotidianas que Deus continuará a “encarnar”, pelas pessoas e acontecimentos, sua graça de transformação gradual.

Uma vez que o veículo do caminho da Lectio Divina é, tradicionalmente, a Escritura, segue-se que, quanto mais estivermos imbuídos dessa palavra de Deus e quanto maior for nossa familiaridade com ela, mais fecunda poderá ser essa forma de oração para nós.

E, por fim, ao começar a orar, devemos tentar vir com alguma consciência do que significa “ousar” rezar. Como é maravilhoso que eu, como criatura, possa realmente me voltar para Deus, já presente dentro de mim, com confiança de que a oferta de mim mesma é desejada por seu amor e misericórdia.
 
*Resumo do livro: Thelma HALL. Lectio Divina: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2001.

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